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Foto do escritorCelina Godoy

3 situações que todo designer de estampas já passou (ou vai passar)

Oi pessoal!

Nessa lista, exponho 3 situações que todo designer de estampas (e de outras áreas também) já passou ou ainda vai passar. Claro, existem muitas outras mas hoje, gostaria de expor um pouquinho mais sobre esses três itens. Vamos lá?

1. Mandou orçamento e o cliente evaporou

Esse é um clássico para quem trabalha como freelancer. Alguém aparece solicitando os seus serviços, pede um orçamento, você sai correndo desesperada para responder bonitinho com marca d'água e tudo e a pessoa nunca mais aparece. Ou te responde só com um "ah ta, obrigada". Bom, isso vai acontecer, também, porque somos o mestres do "estamos dando só uma olhadinha". Mas uma forma de evitar essa situação é filtrando quem você responde. No início, eu queria loucamente responder um orçamento para toda e qualquer pessoa que se mostrasse inclinada a fechar um trabalho comigo mas com o tempo entendi que essa não é necessariamente a melhor forma de se fechar, de fato, um projeto.

Antes de responder um orçamento, eu peço o briefing e isso já filtra mais da metade das pessoas que só estão ali para especular. E não só por isso, mas também porque é impossível que eu passe um valor sem saber qual vai ser o meu trabalho. Uma comparação simples: você chega num açougue e pergunta quanto ta a carne. A resposta do açougueiro vai ser vaga. Ele precisa saber qual carne, é pedaço, moída? E o por aí vai. Com nosso trabalho é bem por aí também.


Uns anos atrás eu só respondia orçamento por e-mail. A pessoa poderia até me contatar pelo whatsapp mas eu só respondia por e-mail. Na minha cabeça, isso era uma forma de filtrar (e de ser mais profissional) . Mas não, eu só estava complicando as coisas mesmo. E não é deixar virar bagunça, mas não tem motivo pra você ficar enchendo de burocracia desnecessária. Sabe o famoso "preço no inbox"? As pessoas têm ranço disso. Então, dentro dos limites, reduza a sua burocracia ao que realmente importa. Por fim, digamos que tudo parecia correr bem, o cliente parecia mesmo ser real e estar interessado em fechar com você mas ele desapareceu. E você deixou por isso mesmo. Quando a gente trabalha sozinha, assume diversas funções além de ser designer. E uma delas deve ser a de vendedora. Então se alguém te solicitou um orçamento, coloque um prazo (validade) e crie uma agenda para anotar esses prazos. E antes que ele "expire" você vai entrar em contato com esse cliente. Preferencialmente por telefone. Sim! Ligação. Eu, particularmente, de-tes-to falar no telefone. Mas é por meio de uma ligação que você vai mostrar o seu interesse por esse cliente e será mais fácil de entender os reais motivos caso ele não queira fechar com você. Essa prática é dolorosa no início mas com o tempo você se acostuma. Você pode até criar um "personagem" pra você: "Oi, eu sou a fulaninha, do estúdio tal e estou entrando em contato sobre o orçamento que vocês solicitaram...". Claro, você pode fazer isso na mesma rede em que a pessoa solicitou o orçamento mas vai por mim, as vezes a gente precisa ser um pouquinho chata e insistente mesmo. Se você não está ali para lutar pelo seu trabalho com todas as forças, quem vai estar, não é mesmo?

2. O cliente não gostou do resultado final da estampa

Infelizmente acontece. E aqui, não vou entrar no mérito de você ter mesmo feito um trabalho ruim ou o cliente ser mais crítico (para não dizer chato). Apesar disso acontecer também, nesse item, quero focar no briefing e na comunicação porque em 90% dos casos, essa vai ser a origem de um trabalho que não deu certo.


Como falei antes, é inviável precificar sem brifar. E mesmo que você consiga criar uma estampa mesmo que o cliente só diga: "oi, quero uma estampa floral", a chance de você acertar qual o floral esse cliente queria, é mínima. Então saber cada detalhe dessa estampa é extremamente importante para que você consiga chegar a um bom resultado. Existe uma série de perguntinhas básicas que a gente sempre faz num briefing e existe, também, as perguntas específicas para aquele trabalho. Posso fazer um post futuramente pra vocês com essas perguntas para briefing.


E, claro, não adianta só encher o cliente de perguntas, é preciso entender a resposta. Uma prática que eu sempre faço é pedir que o cliente me explique sobre a estampa e depois retornar com uma mensagem repetindo tudo que o cliente disse mas com as minhas palavras e da forma que eu entendi para que ele veja se entendi corretamente. As referências também podem te ajudar a entender melhor a proposta. Apenas cuidado com clientes que enviam uma única referência. Por experiência, quando isso acontece, a pessoa está querendo uma cópia daquela estampa. E eu não recomendo que você faça isso. Primeiro porque é ilegal e imoral. Segundo porque você tem capacidade para criar algo novo. Terceiro porque as chances de você acabar presa nesse ciclo de cópias e não conseguir atender clientes que queiram, de fato, uma criação é muito grande. E quarto, que é o ponto desse ítem: se você tentar inovar, para não parecer tanto uma cópia, o cliente (na maioria das vezes) não vai gostar porque ele está com aquela exata estampa na cabeça.


Outra coisa é a experiência para saber o que funciona ou não. Muitas vezes recebi pedidos de estampas com certos detalhes que, por experiência, eu já sabia que não daria certo. E aí a gente deve intervir expondo não só o problema mas também uma solução para ele. Designers são, também, solucionadores de problema. Não se esqueça disso. E sim, as vezes o cliente insiste no "erro" mas aí são outros quinhentos. 3. Precificou errado (pra menos) e bateu o arrependimento

Essa é de chorar. Literalmente. Mas acontece. Já aconteceu comigo e provavelmente com você também. E essa situação tem várias "raízes". Uma delas é não perceber o real valor do seu trabalho. Outra raíz é o medo de perder o cliente por cobrar "acima da média". E uma outra seria cair na cilada de oferecer mil e um descontos, parcelamentos e o famoso leve 2 e pague 1 (o que não faz o menor sentido dentro da criação de estampas - e outras cirações em geral). Talvez esse item seja o mais difícil de generalizar porque o trabalho de cada um é único assim como o conhecimento individual e por aí vai. Esse é um ponto que, infelizmente, você vai ter que descobrir por conta própria.


Apenas você sabe o quanto você precisa ganhar para viver. Apenas você sabe qual trabalho em questão é algo complexo ou simples de acordo com a sua experiência. E por aí vai. Mas uma forma de não entrar em desespero por estar fazendo um trabalho no qual você mal viu a cor do dinheiro é não tendo medo de cobrar. Não tendo medo de perder o cliente porque ele possa achar seu trabalho caro. E ele só vai achar caro se você não souber mostrar para ele o valor daquilo que ele está comprando. Muitas vezes a gente gasta rios de dinheiro com uma coisa mas outra, no mesmo preço, a gente acha caro e não quer gastar dinheiro com aquilo. Isso acontece porque, pra gente, aquela outra coisa não tem tanto valor assim. E é isso que você precisa mostrar para seu cliente na hora de passar os preços: o valor daquilo que ele está pagando. E sim, você vai acabar descobrindo no meio do caminho que poderia ter cobrado mais. E quando perceber isso, você já sabe que nos próximos trabalhos você deve e pode cobrar mais então aprenda com seus erros. E muito, muito cuidado com o "esse é só o primeiro, faz no precinho que a gente vai fazer mais depois". Isso não existe. E, é muito difícil cobrar mais caro, depois que a pessoa já pagou um valor inferior. Vai por mim, começar cobrando pouco com a desculpa de, com o tempo, ir aumentando o preço é muito difícil porque seus clientes estarão acostumados com uma certa faixa de preço. Enfim, essas são apenas três situações das diversas pérolas que acontecem com todos os designers e um pouquinho do que eu penso sobre cada uma delas. Me conta nos comentários se alguma já aconteceu com você e qual outra situação corriqueira de trabalhar com design você incluiria nessa lista!


Lembre-se de compartilhar esse post com os amigos da área para ajudar o blog a crescer!

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2 Comments


Jana
Jana
Oct 04, 2022

já passei por todas essas kakakaka incluiria na lista: pegar um job de outra área e tomar um calote básico

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Celina Godoy
Celina Godoy
Oct 04, 2022
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Ah sim! Trabalhos correlacionados quem nunca, né? Mas sobre calote, acredita que não aconteceu comigo? E espero que nunca aconteça hauhauhauha

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