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Orçamentos e Contratos

Foto do escritor: Celina GodoyCelina Godoy

É incrível como pessoas criativas as vezes podem se perder quando o assunto envolve outra área como organização, legislação e tudo que não esteja relacionado à estética. Você faz trabalhos incríveis, desenha maravilhosamente bem mas trava na hora de enviar um orçamento ou um contrato.

Neste post, vou te dar alguma dicas sobre essa parte burocrática e mais chatinha do nosso trabalho. No final da página, tem um modelo de orçamento para servir de exemplo para você criar o seu!

Vale lembrar que eu não tenho formação em direito e que vale a pena consultar um advogado para assuntos mais complexos. O que você encontra aqui são dicas baseadas na minha experiência.


1. Precisa mesmo de um contrato?

Não vou negar que executar um projeto com contrato é mais seguro (para ambos). Porém, por experiência, sei que a maioria dos clientes não vai te retornar se a primeira coisa que você enviar for um contrato de prestação de serviço. O que costumo fazer, principalmente para trabalhos menores, é tornar meu orçamento um mini contrato acrescentando as condições mais relevantes ao final dele.

Uma dessas condições e a principal delas é informar ao cliente que ao efetuar o pagamento do valor orçado, ele está automaticamente concordando com as condições dispostas.

Caso o projeto seja maior, envolva muitos detalhes ou seja um pedido do próprio cliente, envio também o contrato.


2. Crie seu próprio modelo

Você recebeu um pedido de orçamento e já correu para ligar o computador e começar a escrever. Calma! Não deixe para fazer um modelo de orçamento só quando alguém pedir. Separe um tempinho para cuidar disso antes e crie um layout para apenas ser preenchido. Assim, quando alguém solicitar um serviço, é só atualizar com as informações do cliente e calcular os valores. Não esqueça de criar uma sequência numérica para eles e uma pastinha no computador ou na nuvem para salvar cada orçamento enviado. Você também pode criar uma outra pasta para colocar os orçamentos que foram para frente, assim você consegue medir sua taxa de conversão futuramente. Caso precise, crie um modelo para cada tipo de orçamento: para criação de estampas, para desenvolvimento de estampas, para ilustração e por ai vai.


3. Você precisa saber detalhes

Para criar um orçamento coeso você precisa saber o que o seu cliente está querendo, nos mínimos detalhes. Normalmente, antes do orçamento, faço uma série de perguntas sobre o trabalho. Essas informações fazem parte da precificação e também contam como informação para que não haja divergências na hora da entrega. Algumas perguntas básicas: para quem, quantas estampas, qual o tipo de estampa (corrido, barrado, etc), tipo de elementos (desenhos). Outras informações podem até ser negociadas pelo cliente mas cabe a você estipulá-las como: duração da licença, valor (óbvio), quantidade de alterações, forma de pagamento, arquivo aberto ou fechado, prazo de entrega.

Não tenha vergonha ou medo de perguntar. O cliente quer um trabalho bem feito e não tem motivos para não te passar essas informações. Cabe a você mostrar para ele que você precisa desses detalhes para precificar e também para concluir o serviço. Você não tem como dar um orçamento pra "ah queria duas estampas bonitas".

4. Você escolhe como quer trabalhar

Cada designer trabalha de uma forma. Conheço quem entrega estampa sem rapport, quem entrega com separação de cor, quem faz variante sem cobrar a mais por isso e muitas outras variações. Porque quem escolhe isso é você. No meu caso, por exemplo, costumo ser razoável, pensando em ajudar o cliente sem me dar mais trabalho do que estou sendo paga para fazer. Na minha concepção, criar uma estampa corrida, por exemplo, implica que ela tenha rapportagem. Então entrego o módulo rapportado sem cobrar a mais por isso. O importante é deixar essas infos bem claras no orçamento e explicadas nos mínimos detalhes.


5. Tabela de valores

Pode parecer estranho criar uma tabela de preços para um produto que você não sabe como vai ser. Mas para ser justa com meus clientes e, também não acabar cobrando menos do que o meu trabalho vale, tenho uma tabelinha com uma BASE de preços para cada tipo de serviço. Por exemplo: estampa corrida, estampa barrada, estampa para impressão digital, estampa para cilindro, estampa localizada e por ai vai.

Essa tabela me da um norte na hora de precificar o produto e já fico sabendo qual o valor base do meu trabalho e também o tempo médio de execução e outros fatores. Conforme o pedido do cliente, vou ajustando esses valores. É importante lembrar que essa tabela de preços não deve significar o valor final. O preço com certeza vai variar de acordo com o pedido. Uma estampa listrada tem um valor diferente de uma estampa floral.

E, claro, o valor não vem do nada, não é um chute e deve ser calculado corretamente de acordo com o cliente, meu trabalho e minhas necessidades.


Eu poderia ficar aqui até amanhã de manhã conversando mais com você sobre orçamentos porque é um assunto muito amplo e tem muitas variáveis, mas espero que essas dicas acima possam te ajudar. E claro, se quiser baixar um modelo de orçamento, é só clicar aqui! Lembre-se de ajustá-lo ao seu trabalho e acrescentar informações.


Ah, vale a pena dar uma lida no Guia do Ilustrador, nele também tem um modelo de orçamento e também de um contrato, caso seja necessário.

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